Em 20/10/2012 às 09h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Nove municípios colocam Minas em destaque na balança comercial do país

Estado ocupa o segundo lugar entre os que possuem

Estado ocupa o segundo lugar entre os que possuem

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Com nove municípios classificados entre as 50 cidades com melhor desempenho na balança comercial do país, Minas Gerais ocupa o segundo lugar entre os Estados que, este ano, detém o maior número de localidades com bom desempenho no comércio internacional.

A informação é de um levantamento divulgado, na última semana, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que revela que, entre janeiro e setembro de 2012, Minas Gerais ficou atrás apenas de São Paulo em número de municípios (11, no total) com melhor desempenho na balança comercial.

Entre as cidades mineiras que se destacaram nas exportações, o município de Nova Lima, localizado na região Central, possui o quarto melhor superávit comercial do país, totalizando US$ 2,762 bilhões. À frente do município mineiro estão Paraupebas (PA), com US$ 5,916 bilhões, Angra dos Reis (RJ), com US$ 5,777 bilhões, Santos (SP), com US$ 3,547 bilhões, e Paranaguá (PR), com US$ 2,541 bilhões.

De acordo com o MDIC, nos nove primeiros meses deste ano, os principais produtos exportados por Nova Lima foram minério de ferro, ouro em barras, válvulas cardíacas, partes de maquinários e aparelhos para selecionar substâncias minerais, artigos e aparelhos de prótese, lentes intraoculares, cera de abelha, ventiladores, produtos comestíveis de origem animal, reservatórios e cisternas plásticas. 

Os demais municípios mineiros que estão entre os 50 primeiros do país com bom desempenho na balança comercial são Ouro Preto, Araxá, Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo, Varginha, Betim, Ouro Branco e Brumadinho. Ao todo, os nove municípios movimentaram mais de US$ 12,4 bilhões em exportações. Como estas cidades compraram no exterior pouco mais de US$ 2,2 bilhões em produtos diversos, o saldo da balança comercial é superior a US$ 10,1 bilhões. 

China é o principal destino

Segundo o MDIC, a China lidera as importações de produtos oriundos de Nova Lima, tendo totalizado, nos nove primeiros meses deste ano, uma cifra superior a US$ 1,8 bilhão. Em seguida estão a Suíça, Reino Unido, Japão, Taiwan, Estados Unidos, Holanda, Emirados Árabes, Hong Kong e Itália.

Além de minério de ferro, manganês, enxofre e níquel, os nove municípios mineiros com melhor desempenho na balança comercial brasileira venderam, no mercado internacional, outros produtos como pedras preciosas e semipreciosas, ardósia natural e trabalhada, pias, lavatórios, cintos e cinturões de couro, artigos para festas, peças automotivas, ligas de alumínio e veículos.

Entre produtos alimentícios e bebidas, os destaques ficaram por conta da soja, milho, café em grão e solúvel, cogumelos preparados ou conservados, cachaça e rum.

Com uma pauta de exportação bastante diversificada, entre janeiro e setembro deste ano os produtos mineiros foram comercializados para dezenas de países, com destaque para a China, Japão, Espanha, Reino Unido, Coréia do Sul, Indonésia, Bélgica, Arábia Saudita, Malásia, Alemanha, Suécia, Rússia, Omã, França,Taiwan, Filipinas, Tailândia e Turquia.

No continente americano, os produtos mineiros foram exportados principalmente para os Estados Unidos, Argentina, México, Venezuela, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Equador e Canadá.

O professor de macroeconomia e economia internacional da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Flávius Marcus Lana de Vasconcelos, entende que o bom desempenho dos municípios mineiros na balança comercial do país se deve ao fato de eles terem a mineração como principal base da economia.

Mesmo diante da crise econômica internacional que está em curso, afetando principalmente a Europa, o professor avalia que, se nos próximos anos, a China mantiver um ritmo de crescimento anual de 7,5%, conforme está previsto para 2012, a balança comercial dos municípios mineradores continuará positiva. “Atualmente a China é o maior parceiro comercial do país e, se mantiver o ritmo de crescimento econômico, consequentemente vai precisar importar produtos oriundos da mineração”, prevê o professor.

 

Fonte: Agência Minas

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