Em 15/10/2012 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Um pequeno grupo de jovens com idade entre 16 e 21 anos vem praticando diariamente uma atividade pouco conhecida em Cataguases, mas que já possui muitos adeptos nas grandes cidades. É o “Breakdance”, um estilo de dança de rua que faz parte da cultura do Hip-Hop, criada por afro-americanos e latinos na década de 1970 em Nova Iorque. Hoje, o estilo é usado como diversão e competição no mundo inteiro.
Quem começou a treinar e, aos poucos foi despertando o interesse dos amigos é Felipe Couto Moura (segundo da direita para a esquerda), 21 anos, e o mais velho da turma. Ele pratica break dance há cinco anos e já competiu em cidades como Rio de Janeiro, Ubá, Belo Horizonte e Brasília. No último domingo,14, à tarde, ele e mais cinco rapazes estavam na Praça Simão José Silva, em frente à Policlínica Municipal, ensaiando novos passos e aperfeiçoando outros já praticados.
O Breakdance é a diversão do grupo, conforme revela José Pereira, 24 anos, outro “breaker” (nome que se dá a quem pratica aquela arte), que descobriu este estilo musical há quatro anos. “Nós treinamos diariamente na quadra da Escola Estadual Francisco Inácio Peixoto, mas nos finais de semana, ficamos aqui na Praça porque a escola está fechada”, explicou. “Esta é a nossa diversão preferida”, emendou Vitor Hugo Almeida, 16 anos, há um ano fazendo Breakdance.
Estilo musical que exige força, equilíbrio, leveza e ritmo simultaneamente, o Breakdance chama a atenção de quem passa e vê alguém fazendo uma exibição. O grupo, que é formado também por Elvis Martins, 16 anos e há dois como “breaker”; José Flávio Coelho, também de 16 anos e que descobriu o Break há um ano e Wagner Viana, 16, desde os catorze treinando a arte de rua, dedica-se àquela arte por amor e não conta com nenhum tipo de apoio “a não ser do pessoal da escola que libera a quadra pra gente treinar”, contou Elvis Martins.
Felipe, o precursor da Breakdance em Cataguases, é serralheiro e custeia com seus próprios recursos suas viagens para participar de competições. Ele que descobriu a dança na internet e logo se identificou, conta que procurou se informar a respeito e logo passou a treinar. “Assistia aos vídeos na internet e tentava fazer igual. E assim fui aprendendo”, disse. Hoje, ao lado dos amigos, leva para a quadra da escola ou para a praça, um pequeno aparelho de som à pilha, que toca Hip-Hop ou Eletro enquanto treinam. Uma arte com beleza e plasticidade singulares e que, apesar de praticada na rua, ainda não conquistou o grande público.