Em 15/10/2012 às 08h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Um audacioso austríaco pulou da estratosfera a partir de um balão a uma altura de 38 quilômetros neste domingo, quebrando até três recordes mundiais, incluindo o mais alto salto de paraquedas da história, disseram os patrocinadores do projeto.
O paraquedista Felix Baumgartner, de 43 anos, saiu da cápsula amarrado a um enorme balão de hélio sobre a cidade de Roswell, no Novo México, Estados Unidos, e mergulhou na estratosfera.
Seu corpo perfurou a atmosfera a velocidades acima de 700 milhas por hora, aparecendo alcançar outro de seus objetivos: tornar-se o primeiro paraquedista a quebrar a velocidade do som, de acordo com o site do projeto. Ele acelerou em direção à Terra no 65º aniversário do lendário voo do piloto norte-americano Chuck Yeager, que quebrou barreira do som em 14 de outubro de 1947.
Baumgartner quebrou recordes de voo de balão tripulado mais alto e voo de paraquedas mais alto antes de aterrisar em segurança no chão e levantar os braços em uma saudação de vitória cerca de 10 minutos depois que entrou no ar.
Baumgartner partiu na manhã de domingo sob aplausos. Um enorme balão levava a cápsula de fibra de vidro e acrílico de cerca de três metros quadrados na qual ele viajou. A partida foi cancelada várias vezes nos últimos dias por conta do vento.
"Treinamos bastante e agora estamos sendo recompensados", disse Baumgartner pelo rádio da cápsula para o seu projetista Joe Kittinger.
Baumgartner expressou preocupação que o seu capacete, similar ao de um astronauta, não estava aquecendo como deveria.
"Isso é muito sério, Joe", disse. "Às vezes está ficando embassado, e eu não sinto o aquecimento".O voo de Baumgartner até a estratosfera levou cerca de duas horas e meia.A marca de bebida energética Red Bull patrocinou o salto. A empresa não quis revelar os custos do projeto.
Além de quebrar diversos recordes, Baumgartner e a sua equipe ajudarão engenheiros que trabalham em roupas espaciais para a Nasa e também no desenvolvimento do turismo espacial.
Fonte: Reuters