Em 08/10/2012 às 20h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Agência Brasil
Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (8) que a presidenta Dilma Rousseff está satisfeita com o desempenho do PT nas eleições municipais e que a avaliação do partido sobre o resultado é positiva, apesar de derrotas em cidades importantes e dos impactos do julgamento da Ação Penal 470, o conhecido processo do mensalão.
“O balanço geral é muito positivo, levando em conta que estamos sob uma saraivada, uma pressão muito forte”, disse o ministro, em referência ao julgamento da Ação Penal 470 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Carvalho, o PT teve conquistas muito simbólicas, como a chegada ao segundo turno em Campinas, com o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmamn, e, principalmente, na capital paulista, onde o ex-ministro Fernando Haddad segue na disputa pela prefeitura com o tucano José Serra.
“Em São Paulo a gente dizia que não ia ser fácil e que na reta final a militância poderia fazer a diferença, e fez.” O ministro destacou a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Haddad e disse que a chegada ao segundo turno mostra a importância do ex-presidente como articulador político.
“Aqueles que, apressadamente, tentavam cantar a pedra de uma eventual falência ou decadência da liderança do ex-presidente Lula devem estar neste momento com a pulga atrás da orelha, se dando conta que não é bem assim, que o Lula tem muito ainda a contribuir para o país”.
Segundo Carvalho, a relação com o PMDB saiu fortalecida das eleições municipais e as alianças entre os dois partidos para o segundo turno, principalmente em São Paulo, estão sendo negociadas. O ministro disse que, assim como no primeiro turno, a presidenta deve manter a cautela nas participações em palanques. “A presidenta tende a manter a cautela, mas em todo lugar onde o outro lado não tenha a base aliada, ela estará mais livre”, declarou.
O ministro reconheceu derrotas significativas do PT, caso do Recife, em que o candidato do partido, Humberto Costa, ficou em terceiro lugar, e em Teresina, com o ex-governador Wellington Dias, que também chegou em terceiro. “São derrotas que doem muito, onde se tem nitidamente um problema de análise equivocada do partido. Esses casos são problemas de divisão interna que nos levam à derrota, é mais ou menos fatal”.
Já a derrota em Belo Horizonte, onde o petista Patrus Ananias foi vencido no primeiro turno pelo atual prefeito Márcio Lacerda (PSB), é relativa, segundo Carvalho. “Há casos em que você perde eleitoralmente, mas ganha politicamente. Em BH foi assim”.