Em 03/10/2012 às 08h50 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Rede Fhemig completa 35 anos de atuação na saúde pública mineira

Nas maternidades ou Casas das Gestantes as pacient

Nas maternidades ou Casas das Gestantes as pacient

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Com uma estrutura que abrange 21 unidades hospitalares, nas mais diversas especialidades médicas, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) chega aos seus 35 anos e comemora avanços na assistência, infraestrutura das unidades e busca de novas ferramentas gerenciais. Sua atuação é referência e abrange as áreas de urgência e emergência, reabilitação e cuidado ao idoso, hospitais gerais, especialidades, saúde mental e captação de órgãos para transplantes.

A Rede de hospitais públicos foi formada em 3 de outubro de 1977, pela lei estadual nº 7.088, com a fusão de três fundações estaduais de assistência: Feal (leprocomial), Feap (psiquiátrica) e Feamur (médica de urgência). Nas últimas décadas, a Fhemig acompanhou a notável revolução nos campos da medicina e da tecnologia, incorporando, à sua assistência, os benefícios da modernidade.

Nestes 35 anos, foram 2,3 milhões de internações, 20 milhões de consultas de urgência, 10 milhões de consultas ambulatoriais e 120 milhões de exames realizados. Além disso, a Fhemig adequou-se às crescentes e diferentes demandas da população mineira e às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), do qual foi responsável por 6,35% das internações em Minas Gerais.

Rede única e diversificada

A Fhemig colocou em prática o conceito de rede, estabelecendo um fluxo de atendimento entre seus hospitais. A estrutura atual é um fator facilitador para reunir equipes qualificadas e multidisciplinares. Na urgência, o Hospital João XXIII é a maior referência do Estado nos atendimentos aos casos de trauma, toxicologia, queimaduras e nos demais em que há risco de morte ou de sequelas graves.

O atendimento integral, dos primeiros atendimentos à reabilitação do paciente, é possível graças ao suporte das demais unidades do complexo: Unidade Ortopédica Galba Velloso, Hospital Maria Amélia Lins e o Hospital Cristiano Machado. Ainda na urgência, a referência pediátrica é o Hospital Infantil João Paulo II.

Atendimentos especializados são referenciados nos hospitais Alberto Cavalcanti (Oncologia) e Eduardo de Menezes (doenças infectocontagiosas e Aids) e na Maternidade Odete Valadares (gestações de alto risco). Quando as demais unidades da rede precisam deste suporte especializado, a integração acontece naturalmente.

A Fhemig possui ainda outras três maternidades, nos hospitais Júlia Kubitschek, Regional Antônio Dias (Patos de Minas) e Regional João Penido (Juiz de Fora). Todas são capacitadas para atender às gestações de alto risco, com UTI’s neonatal e adulto e serviços diferenciados, como as Casas da Gestante - um ambiente não hospitalar, onde as pacientes podem receber todo o acompanhamento médico necessário.

Novos perfis assistenciais

O envelhecimento da população e a demanda crescente de pacientes com sequelas físicas e neurológicas, devido ao aumento de acidentes no trânsito e dos casos de acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, foram fatores essenciais para a criação do complexo de Reabilitação e Cuidado ao Idoso.

Dessa forma, as ex-colônias de hanseníase se readequaram e hoje atendem, neste complexo, a este novo perfil assistencial. São elas as Casas de Saúde Santa Izabel (Betim), Padre Damião (Ubá), Santa Fé (Três Corações) e São Francisco de Assis (Bambuí).

As unidades psiquiátricas - Instituto Raul Soares, Hospital Galba Velloso, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, Centro Psíquico da Adolescência e Infância e Centro Mineiro de Toxicomania - seguem as diretrizes da reforma na saúde mental.

Algumas delas foram protagonistas neste processo, que estabeleceu novos procedimentos, mais humanitários, no tratamento dos pacientes psiquiátricos. Hoje, estas unidades se preparam para mais um desafio, atendendo também a um novo perfil assistencial que vem tomando maiores proporções nos últimos anos: o tratamento ao dependente químico.

Inovações na gestão da saúde pública

A Fhemig adotou mudanças estratégicas em sua gestão nos últimos anos. Os crescentes números de atendimentos, cada vez mais complexos e especializados, tornaram indispensáveis novas ferramentas que acrescentassem agilidade, eficiência e qualidade aos seus serviços.

Uma das mais significativas foi o Sistema Integrado de Gestão Hospitalar (SIGH), um software integrado ao ambiente webtotalmente desenvolvido e customizado pela (e para a) Fhemig para gerenciar sua rotina hospitalar, centralizando informações e as disponibilizando em diversos módulos, como Custos, Farmácia, Prontuário, Exames, entre outros.

Alguns destes módulos também interagem com o Ministério Público e os residentes médicos, por serem um ágil, eficiente e confiável instrumento de gestão hospitalar. Este trabalho atraiu interesse de várias instituições e profissionais do país e até do exterior.

A fundação possui hoje um parque tecnológico considerável na área hospitalar, com equipamentos e estrutura que permitem maior qualidade e segurança à assistência. A instituição também preza pelo atendimento humanizado aos seus usuários. Um exemplo disso é o desenvolvimento de programas como o “Estruturando o Foco” e o “Você é Único” que, como os próprios nomes demonstram, são direcionados ao paciente, tornando seu atendimento mais personalizado.

A transparência pública também é contemplada na gestão da Fhemig. O mais recente passo da fundação foi a criação da “Prestação de Contas ao Paciente”, ou “Conta Paciente”, um projeto pioneiro que informa ao cidadão, e usuário das unidades desta Rede, os custos hospitalares de seu tratamento. O intuito é de lembrar à sociedade que saúde não tem preço, mas tem um custo que é debitado nos cofres públicos, fomentados com a arrecadação de impostos pagos pelos próprios usuários deste serviço.

Polo de pesquisas e de formação profissional

Além do perfil assistencial, a Fhemig se tornou em um potencial polo de pesquisas e de formação profissional. Atualmente, seu Programa de Residência Médica é um dos mais disputados do país. Espera-se, para 2013, cerca de 400 vagas para residentes nas unidades da Rede. Ainda na área de formação profissional, a Fhemig possui hoje 180 mestres e 50 doutores em seu quadro.

Na área de pesquisa, a Fhemig desenvolveu, nestes 35 anos, 1.400 trabalhos. Atualmente, são 186 pesquisas em estudo, nos 27 grupos registrados no CNPq, relacionadas a patentes, softwares e outros temas de relevância à saúde pública. A instituição pode tornar-se, em breve, em mais uma mantenedora do parque tecnológico do Estado.

Copa 2014

Os hospitais Eduardo de Menezes e João XXIII integram a Câmara Temática da Saúde para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, formada por representantes do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde (ANS), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e das 12 cidades e estados que receberão os jogos.

Estes hospitais elaboraram o Plano de Atendimento a Desastres e Catástrofes. Somente em Belo Horizonte, são esperados 200 mil estrangeiros e 430 mil brasileiros. A adequada preparação logística é essencial para garantir a segurança de todos que irão participar da Copa. Os serviços de saúde adquirem papel estratégico no atendimento a um novo perfil de possíveis pacientes, tanto em número quanto em diversidade dos casos.

 

Fonte e fotos: Agência Minas

 

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