Em 02/10/2012 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Prefeitura de Leopoldina inaugura museu dedicado à memória do poeta Augusto dos Anjos

Fachada da casa em que morou o poeta Augusto dos A

Fachada da casa em que morou o poeta Augusto dos A

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No ano em que se comemoram os 100 anos de publicação do livro EU, do poeta Augusto dos Anjos, a memória deste singular nome da poesia brasileira ganhará um Museu todo ele dedicado à sua produção poética em Leopoldina, onde faleceu em 1914 e encontra-se sepultado.

A casa onde morou o poeta paraibano, enquanto morou na cidade, de maio a novembro, localizada na rua Barão de Cotegipe, na região central, foi, durante muito tempo, alvo da luta de membros do Conselho Municipal de Patrimônio, da OSCIP Felizcidade e de admiradores de sua poesia para que ela fosse mantida como “Espaço dos Anjos”, nome dado por Luiz Raphael, artista plástico que morou por anos na casa e era conhecido como “o mordomo de Augusto” , por manter documentos e inúmeros recortes de jornais acerca do trabalho de Augusto dos Anjos.

Avaliados em cerca de R$300.000,00, o restauro, a ampliação e a compra dos móveis e equipamentos para o Museu foram viabilizados graças aos recursos advindos do ICMS Cultural, que o município passou a receber nos últimos anos, como prova das ações culturais e de incentivo às manifestações culturais feitas na cidade.

Para a Secretária de Cultura de Leopoldina, Rosângela Lima, foi uma vitória coletiva a inauguração deste Museu. “Sou conselheira há 14 anos e sempre tive o sonho de ver essa casa como ela está hoje, pronta para receber visitantes do Brasil inteiro. Tivemos muito cuidado em deixar a casa muito próxima do que era no início do século passado, fazendo alusão ao elemento arquitetural da época, mas foi necessária a inserção de algumas informações nas paredes até para que apresentássemos melhor sua poesia para os visitantes, pois, embora sejam de grande impacto, seus versos, causam, muitas vezes, estranhamento numa primeira leitura.”

No acervo do Museu estão alguns pertences de Augusto, como o convite de casamento com D. Esther, fragmentos de cartas e fotos do poeta. Na verdade, é um acervo que começa pequeno, mas temos, inclusive, a promessa de Alexei Bueno, um dos maiores especialistas em Augusto dos Anjos, em doar fotos e a primeira edição do livro EU para o museu, após sua morte, ressalta Geraldo Filho, Superintendente de Cultura.

Nosso próximo passo será encaminhar junto ao IPHAN, com a ajuda de Alexei Bueno, que se comprometeu em uma de suas palestras em Leopoldina sobre Augusto dos Anjos, a nos ajudar a elaborar o processo de solicitação do tombamento da Casa Augusto dos Anjos a nível federal, permitindo a Leopoldina não só a sua projeção nacional, bem como a atender um dos critérios para participação do próximo edital do PAC – Cidades Históricas, ressalta Rosângela Lima, também presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural. 

 

Fonte e foto: Secretaria Municipal de Cultura de Leopoldina

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