Em 28/09/2012 às 09h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Minas anuncia fila zero para transplantes de córnea e novo hospital referência

Secretário de Saúde, Antônio Jorge de Souza, enfat

Secretário de Saúde, Antônio Jorge de Souza, enfat

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No dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado nesta quinta-feira (27), o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, anunciou a criação de um hospital público estadual especializado em transplantes e a fila zero para receptores de córnea. “Atualmente, Minas apresenta uma captação de 150 córneas mensais para atender uma espera de 100 pessoas. Em 2011, eram 492 pessoas na fila de espera pelo tecido”, enfatizou.

Segundo o Secretário, a criação de um hospital público estadual especializado é uma conquista para as pessoas que aguardam por um transplante. “O Governo de Minas vai investir R$ 20 milhões na adequação do Hospital Julia Kubitschek para ele seja uma referência em cirurgias. Nele, serão construídos leitos de CTI e centro cirúrgico”, finalizou.

Em 2012, até setembro, foram realizados 1.613 transplantes em Minas, uma média mensal de 179 cirurgias. Em 2011, no total, foram feitos 2.192 transplantes de órgãos e tecidos, sendo 1.437 de córnea.

Estes números fazem de Minas Gerais uma referência nacional no tema. Um levantamento publicado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério da Saúde posiciona o Estado como o segundo maior do país em números de transplantes, atrás somente de São Paulo.

No primeiro semestre desse ano, foram realizadas 12,7 captações/por milhão de população, isto representa um crescimento percentual de 353% em comparação ao mesmo período de 2006, que obteve uma média de 3,6 doações por milhão de população (PMP).

O transplante de Córnea é o mais comum e pode ser realizado até seis dias depois que o coração do doador parou de bater. Até setembro de 2012, foram realizados 1.079 transplantes do tecido. Atualmente, cerca de 100 pessoas aguardam pelo transplante. A fila de receptores de córnea, que já esteve acima de 1.800 receptores, possui hoje uma espera menor que trinta dias.

Trabalho em equipe e tempo integral

Segundo o coordenador estadual de Transplantes, Charles Simão, o sucesso da experiência mineira se deve ao trabalho das Organizações (OPO’s) e das Comissões Intra-hospilar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT’s).

“As CIHDOTT possuem profissionais em tempo integral que trabalham dentro das dependências do hospital, oferecendo às famílias a possibilidade de doação de órgãos e tecidos dos seus entes falecidos. Esta mesma equipe também organiza o processo para tornar efetiva a doação, mantendo os registros do número de óbitos ocorridos e enviando notificações e estatísticas para o MG Transplantes” explica.

O MG Transplantes, vinculado ao Governo de Minas por meio da Secretaria de Estado da Saúde, já realizou mais de 25 mil procedimentos em seus 20 anos de criação. Responsável pela coordenação da política de transplantes de órgãos e tecidos no estado mineiro, o órgão registrou, entre 2006 a 2012, um crescimento de cerca de 350% na captação de doações.

O complexo possui seis Centrais Estaduais de Notificação e Captação de Órgãos, instaladas em Governador Valadares, Uberlândia, Pouso Alegre, Montes Claros, Juiz de Fora e Belo Horizonte. Também fazem parte do MG Transplantes dois bancos de olhos públicos, sendo um na capital e o outro em Juiz de Fora.  Essas centrais são responsáveis pela procura de doadores.

Estado lança Cartilha do Receptor

Nesta quinta-feira (27), associações de familiares e de pacientes se reuniram no estúdio do Canal Minas Saúde e nas sedes das Gerências Regionais de Saúde (GRS) para participar de uma Roda de Conversa sobre transplantes. No programa, transmitido ao vivo para todo o Estado, foi lançada a Cartilha do Receptor.

A publicação contém informações e esclarecimentos sobre a doação de órgãos no Estado. “Trata-se de um informativo que vai atender a uma solicitação de pacientes receptores. São perguntas e respostas que esclarecem como funciona a lista de espera e a distribuição dos órgãos, além de anunciar as organizações de procuras de órgãos que irão até as regiões nas quais as centrais não conseguem dar coberturas necessárias”, finalizou Charles Simão.

José Bahia Silva, de 52 anos, portador de doença renal crônica, considera essa iniciativa muito importante. “Esse evento de hoje foi muito importante para que nós, pacientes que aguardamos pela cirurgia, possamos tirar as dúvidas, saber como funciona o processo de espera pelo doador e aguardar com segurança pela cirurgia”, enfatizou.

As cartilhas estão disponíveis nas Centrais Estaduais de Transplantes e nos hospitais onde são realizados os procedimentos.

 

Fonte e foto: Agência Minas

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