Em 13/09/2012 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
LIMA (Reuters) - O governo peruano não vai dialogar com os remanescentes do grupo rebelde Sendero Luminoso, como fará a Colômbia com a guerrilha Farc, disse o presidente Ollanta Humala na quarta-feira.
O Sendero é um grupo maoísta que esteve muito ativo durante duas décadas, até que seu fundador, Abimael Guzmán, foi capturado, em 1992. Alguns guerrilheiros continuam presentes em áreas de floresta, realizando ataques esporádicos contra policiais e militares. Além disso, o governo diz que um braço político do grupo se infiltra em protestos sociais.
"Não podemos dialogar com terroristas, que matam à vontade, que sequestram crianças, que não respeitam os direitos fundamentais da população e que, com base no terror, no sequestro ou na extorsão de autoridades, pretendem mudar o rumo democrático do país", disse Humala a jornalistas estrangeiros.
"Aqui vamos combatê-los, e tenham total certeza de que vamos vencer."
Apesar disso, Humala, um ex-militar eleito com uma plataforma política de esquerda moderada, elogiou a retomada do processo de paz entre o governo da vizinha Colômbia e a guerrilha marxista Farc, marcado para 8 de outubro na Noruega.
"Apoiaremos a pacificação que beneficiar o povo colombiano em tudo o que seu governo nos solicitar", disse ele.
(Por Marco Aquino e Terry Wade)