Em 11/09/2012 às 20h39 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Detentos reconstroem a casa de Pelé em Três Corações

Dez presos trabalham nas obras e, além de receber,

Dez presos trabalham nas obras e, além de receber,

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Dionatã Gouvêa cumpre pena por roubo há seis anos na Penitenciária de Três Corações, Sul de Minas Gerais. Atualmente, ele é um dos dez presos que trabalham na construção de uma réplica da casa onde nasceu aquele que é considerado o maior jogador de futebol do mundo, o Pelé.

O projeto é uma parceria entre a prefeitura municipal, o governo federal e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio da Penitenciária de Três Corações.

Pelo trabalho, os detentos recebem ¾ do salário mínimo, o que corresponde a R$ 466,50 por mês. A cada três dias trabalhados, eles também diminuem a pena em um dia. “O trabalho é importante para a reinserção social dos indivíduos privados de liberdade e contribui no processo de ressocialização e crescimento profissional”, afirmou o diretor geral do presídio, Leonardo Brocaneli Fagundes.

Dionatã concorda com o diretor e completa: “É uma forma digna de mostrar para a sociedade que nós erramos, mas somos capazes de nos recuperar. Nunca vou me esquecer, fiz parte dessa história”.

Segundo o secretário adjunto de Cultura e Turismo de Três Corações, Fernando Ortiz, a participação dos detentos foi fundamental para o andamento da construção. “Com eles, as obras poderão ser concluídas mais rápido”, disse.

A inauguração acontecerá ainda este mês, no dia do 128º aniversário da cidade, 23 de setembro. Na ocasião, o município receberá a visita do próprio Pelé que, juntamente com a família, cortará a fita que vai abrir a casa aos turistas. Depois de 1987, é a primeira vez que o craque volta à cidade natal.

Casa vai ser cópia fiel

A réplica do local onde o ídolo nasceu e viveu até os quatro anos de idade promete ser uma cópia fiel da original, incluindo o desgaste natural do tempo.

Para transportar a residência para 1944, ano em que o menino Dico se mudou de Três Corações para se tornar o rei Pelé, uma equipe foi contratada para cuidar do envelhecimento do imóvel.

O cenógrafo Keller Veiga está acostumado a trabalhar nos cenários das novelas da Rede Globo e lidera as atividades. “É um trabalho que envolve responsabilidade e muitos cuidados. Fazer o envelhecimento da casa para atrair a curiosidade das pessoas é um trabalho muito bacana”, informa o profissional.

A verdadeira casa foi construída em 1910 e demolida na década de 1970. Através do resgate da memória da mãe e do tio de Pelé, o desenho do imóvel, incluindo mobília, foi colocado no papel e aprovado pelos dois. As obras custaram cerca de R$ 200 mil.

Fonte e foto: Agência Minas

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