Em 11/09/2012 às 20h37 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Polícia do Quênia investiga massacre que deixou 38 mortos

 

Correspondente da EBC na África

Maputo, Moçambique - O vilarejo de Kelengwani, próximo ao Delta do Rio Tana, no Quênia, foi incendiado por um grupo de cerca de 200 homens, que cercaram a aldeia assim que o dia amanheceu. Armados com paus, ferramentas e pistolas, eles mataram 38 pessoas e feriram gravemente mais cinco. Em seguida, puseram fogo em tudo o que encontraram, como casas, tendas e automóveis. Animais que garantiam o sustento dos moradores, como bois e porcos, também foram mortos pelo bando.

Só em uma escola, oito crianças e cinco mulheres foram espancadas até a morte. Alguns corpos foram retalhados a machadadas. Segundo as autoridades quenianas, ocorre no local uma disputa entre famílias e gangues rivais, que buscam o domínio das terras. Na região, o governo planeja construir uma estrada e uma grande valorização dos terrenos é esperada.

O ataque teria sido uma vingança. O vilarejo destruído fica a apenas cinco quilômetros do lugar onde, no mês passado, uma ação semelhante deixou 22 mortos. A polícia do Quênia está investigando o caso. De acordo com a emissora de televisão NTV, de Nairóbi, as autoridades temem uma fuga em massa da população. O êxodo poderia provocar um grande problema humanitário, com a formação de campos de refugiados, comuns em regiões de conflito na África.

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