Para assistir aproximadamente 1.500 alunos da rede estadual de ensino de Minas Gerais com disfunção neuromotora e autismo, a Diretoria de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação (SEE) capacitou 94 professores que atuam como apoio a este alunado para comunicação alternativa
Conceitos de educação inclusiva, tecnologias assistivas, aspectos sobre autismo, atribuições dos profissionais especializados, teoria e prática da comunicação alternativa, e o Método TEACCH (em inglês Treatment and Education of Austistc and related Communication-handicapped Children, que tem como objetivo melhorar a independência da criança) foram os conteúdos abordados na capacitação
Segundo a diretora de Educação Especial da SEE, Ana Regina de Carvalho, “o primordial é que a comunidade escolar compreenda o papel e a forma de atuação desses professores de apoio. Eles não são instrutores particulares, nem acompanhantes para simplesmente levar ao banheiro. Os professores de apoio são responsáveis pela mediação entre o aluno e a escola, visando sua comunicação e sua participação ampla, assunto que abordamos e aprofundamos nesta capacitação”, explicou a diretora
O novo curso de Libras
Além dos 94 professores foram capacitados para a comunicação alternativa, outros 77 professores surdos, intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras), foram capacitados, também, para o novo curso de Libras que está sendo lançado em Minas Gerais, depois de ser reformulado
Doze instrutores novatos participaram da capacitação em Belo Horizonte. Os veteranos, 55 restantes, serão treinados a partir de 17 de setembro, e depois em dois grupos no mês de outubro, fechando assim a formação dos instrutores, capacitadores de Libras que servem as escolas da rede pública de ensino de Minas Gerais
Este novo curso, novidade na área de capacitação ofertada pela Secretaria de Estado de Educação, deverá ser oferecido de forma contínua, e a previsão é que, até fevereiro de 2013, todos os 1,2 mil professores que atuam como intérpretes no Estado, tenham o material atualizado em mãos
Segundo a professora intérprete de Libras, Dayse Garcia Miranda, do Centro de Capacitação e Atendimento aos Profissionais da Educação na Área da Surdez (CAS) de Belo Horizonte, o novo curso foi criado para tentar sanar uma defasagem que o material anteriormente utilizado causava
A professora explicou ainda que, “o método utilizado anteriormente, não permitia que o aluno extrapolasse o uso da língua fora da sala de aula, do contexto formal, padrão da língua. Este novo curso é baseado na concepção sociointeracionista. O que almejamos é possibilitar uma comunicação dialógica entre aluno e professor. O estudante com deficiência auditiva deixará de ser um mero receptor para ser também um emissor”, contou a professora intérprete, explicando que a reformulação se assemelha ao ensino de idiomas. A ideia do novo curso é permitir que o aluno da rede estadual de ensino seja usuário da língua nos mais diversos contextos sociais
Segundo a diretora de Educação Especial da SEE, o grupo que participou desta capacitação é o primeiro de outros existentes no Estado a ser treinado. Segundo ela, o novo material didático já estará disponível para os professores intérpretes de Libras nas escolas até fevereiro de 2013
Fonte: Agência Minas
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