28/09/2018 às 17h44m


Entendendo rótulos – Parte 1

Aprender a ler os rótulos é muito importante, é nos rótulos que estão descritas todas as informações sobre aquele produto como seus ingredientes, nutrientes e é onde está descrito para qual tipo de público aquele alimento é destinado ou deverá ser evitado.

Então vamos lá...

Lista de ingredientes – a lista de ingredientes é descrita do ingrediente com maior concentração para o ingrediente de menor concentração, sendo assim, podemos escolher os alimentos que mais se adéquam às nossas necessidades.

Entendo os rótulos

image

No caso dessa lista de ingredientes a primeira farinha é a de trigo integral, então podemos dizer que esse pão é realmente integral e a farinha de trigo integral é a ingrediente em maior quantidade nesse produto. Devemos observar os ingredientes seguintes como o glúten, o açúcar mascavo e assim por diante. Eles estão descritos da mesma forma, então, nesse produto, o segundo ingrediente em maior quantidade é o glúten, o terceiro é o açúcar mascavo e assim por diante.

Logo abaixo dos ingredientes vêm os avisos sobre o produto. Este pão, por exemplo, contém aveia, derivados da soja, castanhas, ovo, leite, que são alimentos potencialmente alergênicos e que podem provocar crises de alergia ou intolerância em pessoas alérgicas ou intolerantes.

Os rótulos também trazem a tabela nutricional daquele alimento. É nesta tabela que encontramos a quantidade da porção daquele alimento e a quantidade de calorias, macro e micronutrientes que contém.

image

Na primeira linha da tabela nutricional vem descrito o valor da porção do alimento, no caso desse pão a porção são 2 fatias e na segunda está descrito o valor calórico da porção, nesse caso a porção é representada por 2 fatias de pão ou 50g e o valor calórico desse pão é 113kcal, nas linhas abaixo estão descritos os micronutrientes como carboidrato, proteína e gordura e o sódio.

Essa primeira parte dos rótulos é onde você entenderá se esse produto se encaixa ou não na sua dieta e nas suas necessidades nutricionais. Entender as especificações dos produtos é muito importante para evitarmos o consumo inadequado de alimentos e para sabermos exatamente como esse alimento irá impactar na nossa dieta.

Na semana que vem conversaremos sobre o perfil nutricional de cada alimento e sobre as pegadinhas que as indústrias fazem.

Beijinhos da Nutri. 


Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: rótulo, informações, ingredientes, nutrientes


Compartilhe:



21/09/2018 às 09h52m


Suplementação nutricional no Alzheimer

O Alzheimer é uma doença que atinge principalmente pessoas da terceira idade, mas pode ocorrer também em jovens. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é de que o número de pessoas com demência aumente de 50 milhões para 152 milhões até 2050. No Brasil estima-se que existam 1,2 milhões de pessoas acometidas pelo Alzheimer (dados até 2017).

A nutrição tem papel fundamental na prevenção e tratamento do Alzheimer. Um dos principais mecanismos envolvidos no desenvolvimento do Alzheimer é a diminuição do estoque dos ácidos graxos ômega 3 no nosso organismo, que são o EPA e o DHA, sendo assim, uma das formas mais baratas e simples de se prevenir a doença é fazendo a suplementação nutricional de Ômega 3.

Na natureza existem 2 tipos de Ômega 3, EPA e DHA que são encontrados no óleo de peixe e o Ômega 3 obtido através do ácido alfa-linolênico, fornecidos pela linhaça, pela chia e por algumas leguminosas, porém observa-se maior eficácia pela suplementação de Ômega 3 de origem animal.

Nas doenças caracterizadas por demência ocorrem alguns processos degenerativos, dentre eles podemos observar a degradação da bainha de mielina, que é uma barreira constituída por gordura que protege uma parte importante de nossos neurônios, o axônio. Quando corre uma quebra na bainha de mielina podemos observar o início do processo degenerativo e do desenvolvimento das doenças degenerativas do Sistema Nervoso Central, dentre elas o desenvolvimento de Alzheimer.

A suplementação de Ômega 3 tem sido apontada com uma forma segura de prevenção contra o Alzheimer, assim como contra outras doenças degenerativas do Sistema Nervoso Central. 


Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: suplemento, alzheimer, ômega 3, doença


Compartilhe:



14/09/2018 às 17h12m


Jogue fora os potinhos de plástico!

É comum guardar nossos alimentos em potes de plástico. Muitas vezes naquele pote de sorvete ou de margarina para podermos utilizá-lo mais tarde para acondicionar outros alimentos. É só abrir a geladeira que ele está lá, sendo reutilizado.

O plástico é atualmente um dos materiais mais utilizados no planeta pelas diversas áreas da indústria. Desde a globalização ele é uusado para fazer recipientes, roupas, calçados, entre outros, porém, o plástico é um material proveniente do petróleo e geralmente contém uma substância chamada Bisfenol A (BPA).
 
O BPA é uma substância altamente nociva para o organismo! Existem evidências de que o BPA causa dentre outros malefícios para a saúde, a hiperuricemia que é o aumento da produção de ácido úrico pelo organismo.

Uma das características do BPA é a sua fórmula química se assemelhar com o hormônios esteroides, sendo assim, seu consumo pode trazer alterações fisiológicas para o nosso organismo! Devido a este fator, podemos dizer que o BPA age como um disruptor endócrino, ou seja, age bloqueando os receptores dos hormônios da tireoide, pode acelerar os processos da puberdade e, pode também, desequilibrar outros processos hormonais.

Repare que o BPA é utilizado em revestimento interno de garrafas de água, em potes de plástico, mamadeiras, copos descartáveis e em muitos outros produtos. Daí a pergunta inevitável: Mas como, então, evitar ou tentar reduzir seus malefícios?

Países como os Estados Unidos e na União Europeia, e até a China estão proibindo, de forma parcial e em alguns casos, totalmente, a utilização desse composto nas embalagens de seus produtos e em utensílios domésticos. Aqui no Brasil a Anvisa proíbe a presença de BPA em mamadeiras, mas nos demais utensílios e embalagens ele ainda é liberado.

Então, a dica hoje é, reutilize embalagens de vidro, mas evite as plásticas ou demais utensílios semelhantes, principalmente se for acondicionar neles alimentos quentes, pois ao ser aquecido o BPA é liberado mais facilmente para o alimento que está naquela embalagem. Por hoje é só. Até a próxima semana.



REFERÊNCIA
MA, L. et al. Bisphenol A promotes hyperuricemia via activating xanthine oxidase. The FASEB Journal, p. fj. 201700755R, 2017.

http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/embalagens/bisfenol-a

Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: pote, plástico, alimento, petróleo


Compartilhe:



08/09/2018 às 13h47m


Intolerância à Lactose

A lactose é o açúcar presente no leite que todas as espécies de mamíferos produzem. Claro que, algumas mais e outras menos, porém, todos os leites possuem este composto à base de glicose e galactose. 

A digestão do nosso organismo se dá pela ação enzimática. Cada enzima quebra um tipo de nutriente e, no caso da Lactose, a enzima digestiva que faz este "serviço" é a Lactase. Ocorre que na vida adulta existe uma diminuição da produção dessa enzima, principalmente pela redução drástica do consumo de leite, consequentemente redução no consumo de Lactose. Por esse motivo é tão comum vermos adultos intolerantes à lactose. Portanto, agora sabemos que a Lactase só é produzida quando consumimos Lactose regularmente.

Aproximadamente 35% da população brasileira apresenta intolerância à Lactose. Segundo dados do instituto Datafolha (dados da pesquisa de 2017), estima-se também que, no Brasil, anualmente mais de 2 milhões de pessoas se tornam intolerantes e esse número cresce a cada ano.

Os sintomas da Intolerância à Lactose são diversos, desde diarreias, prisão de ventre, urticária, dores intensas abdominais, gazes, inchaço abdominal, perda de peso indesejado, entre outros sintomas. 

Para mim, enquanto profissional da Nutrição, o que mais me preocupa na intolerância à lactose é que as pessoas que apresentam este problema revelam, também, em sua maioria, o que chamamos de Disbiose, que nada mais é que o desequilíbrio entre as bactérias boas e as bactérias ruins do intestino. A Disbiose leva a uma série de problemas graves no organismo, mas principalmente uma absorção inadequada de nutrientes, causando um quadro de desnutrição além de toda a sintomatologia causada pela intolerância. 

É comum observamos pacientes com intolerância a Lactose extremamente desnutridos, condição causada também pelas diarreias frequentes, porém quando tratamos da Disbiose e suplementamos a enzima digestiva deficiente observamos uma grande melhora da qualidade de vida dessas pessoas. 

A Intolerância à Lactose não é o principal problema para o paciente, o tratamento inadequado sim, é o maior causador de problemas para a vida dessas pessoas. Quanto aos produtos LACFREE ou Zero Lactose, como vimos, não existe leite sem lactose, visto que a Lactose é o açúcar natural do leite, então as empresas adicionam a enzima Lactase para tentar minimizar os sintomas das pessoas intolerantes e proporcionar chance a elas de consumirem esses produtos. 

O que ocorre na maioria das vezes é que as pessoas estão em um quadro tão profundo de intolerância que mesmo consumindo o produto acrescido da enzima se sentem mal, por isso o tratamento para minimizar os sintomas e tratar o intestino é tão importante, pois reabilita o consumo alimentar das pessoas intolerantes. Procure sempre um profissional habilitado para te orientar quanto ao melhor tratamento para o seu caso.

Beijinhos da Nutri.

Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: leite, lactose, lactase, enzima


Compartilhe:



Perfil

Giuliana de Paiva, Nutricionista formada pela Faminas, especializando em Nutrição Clínica e Esportiva. Atendendo a cidade de Cataguases e região, seu trabalho é voltado para o público praticante de atividade física e também para as pessoas que buscam qualidade de vida e mudanças nos hábitos alimentares. Trabalha com consultório, palestras, personal diet, com grupos, fazendo um trabalho totalmente individualizado e personalizado.
Todos os direitos reservados a Marcelo Lopes - www.marcelolopes.jor.br
Proibida cópia de conteúdo e imagens sem prévia autorização!
  • Faça Parte!

desenvolvido por: