Em 23/03/2018 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Diretoria do Sindicato dos Correios reúne-se com a categoria em Cataguases

Presidente da entidade disse que empresa passa por um "desmonte" e que há déficit de 30 mil carteiros no país

Reginaldo e João Ricardo conversaram com os colegas da agência dos Correios de Cataguases

Reginaldo e João Ricardo conversaram com os colegas da agência dos Correios de Cataguases

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O presidente e o diretor de formação política e sindical do Sintect/JFA - Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Comunicação Postal, Telegráfica e Similiares de Juiz de Fora e Região - João Ricardo Guedes e Reginaldo de Freitas Souza, respectivamente, estiveram na tarde de quinta-feira, 22 de março, em Cataguases onde se encontraram com os colegas da agência dos Correios da cidade. O objetivo do encontro foi mobilizar a categoria sobre as decisões recentemente tomadas pela gestão dos Correios e o governo federal que, segundo aqueles diretores, "querem sucatear a empresa para poder vendê-la a preço de banana."

Segundo Reginaldo os Correios, em "353 anos de funcionamento, é uma empresa pública federal com o menor piso salarial e empresa celetista com o maior número de empregados na América Latina. Nós já chegamos a 130 mil funcionários, hoje estamos com 112 mil e uma carência de 20 mil profissionais qualificados, carteiros, especificamente", relatou aquele diretor. Ele completou que a perspectiva a curto prazo não é boa. "O presidente dos Correios, Guilherme Campos, pretende até o final de seu mandato, que termina agora porque ele vai disputar as eleições, reduzir o quadro de trabalhadores para 60 mil apenas", afirmou. Ele disse também que o último concurso público nos Correios foi em 2011.

imageJoão Ricardo garante que a situação atual dos Correios no país é "grave". De acordo com as contas do Sindicato, hoje é necessária a admissão de mais 30 mil carteiros no Brasil (8 deles apenas na agência de Cataguases) para que a qualidade do serviço seja recuperada. "A realidade aqui é um retrato do país", completou. Na reunião com os companheiros de Cataguases, o presidente do Sintect/JFA ouviu o anseio pela revogação da decisão do Tribunal Superior do Trabalho que "rasgou o nosso Acordo Coletivo de forma truculenta que foi firmado em 2017 com vigência até 2019. Então estamos pedindo a volta do nosso plano nos moldes do Acordo Coletivo, mais contratação de profissionais e o retorno do  extinto o cargo de OTT - Operador de Triagem e Transbordo - que foi substituído por mão de obra temporária. Outra reivindicação específica da categoria em Cataguases é a contratação de médicos que atendam pelo plano de saúde dos Correios.

O presidente do Sintect/JFA afirma que os Correios dão lucro "ascendente". E completa: "A gente não sabe aonde eles enfiam tanto dinheiro assim faturado, porque o investimento hoje nos Correios é ínfimo. Então há um processo de desmonte da empresa onde os planos de demissão incentivada está fazendo com que hoje a entrega de cartas ou de qualquer objeto seja atrasada em uma semana, dez dias ou até meses. Infelizmente a culpa está recaindo em cima dos carteiros", completou João Ricardo. Os funcionários dos Correios não puderam conversar com a Reportagem do Site por estarem em horário de trabalho. A reunião aconteceu dentro da própria agência e durou meia hora, tempo limite permitido pela empresa para que representantes do Sindicato conversem com os colegas e conheçam a realidade vivida por eles na agência.

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Tags: Correios, sindicato, reivindicação, sucatear, trabalhadores





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