Depois que a Viação Dorico (AWM Turismo Ltda) foi desvinculada do sistema de transporte municipal em 20 de agosto, a Catrans divulgou nota esclarecendo que os vales transportes daquela empresa perderiam o valor após o dia 30 de setembro. Contudo, vencida a data estipulada, muitos usuários ainda possuíam passes da Dorico e, diante disso, o coordenador do Procon, advogado Rafael Vilela, falou com exclusividade à Reportagem do Site do Marcelo Lopes para orientar a população sobre o que fazer nesse caso.

Segundo ele, "a única pessoa que não pode ser lesada nessa relação é o consumidor", e, por isso, conforme revelou Rafael, é necessário que todos aqueles prejudicados nessa situação formalizem suas reclamações junto ao Procon, para que as medidas legais sejam tomadas. 

"Nós estamos abrindo reclamações contra a Dorico, pedindo a restituição do valor pago pelos passes adquiridos antes do dia 20 de agosto. Só que já recebemos várias respostas da empresa resistindo às solicitações e, por isso, protocolamos um pedido de investigação no Ministério Público, para, quem sabe, entrarmos com uma ação coletiva buscando a devolução do valor dos passes", explicou o coordenador do Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor.

Até a tarde desta segunda-feira, 20, mais de cinquenta reclamações desse tipo foram registradas no Procon, mas, conforme destacou Rafael, é bem provável que alguns consumidores tenham agido de má fé na aquisição de vales transportes e, por isso, os casos estão sendo analisados com cuidado. 

"Tem consumidor que compareceu aqui com dois mil passes dizendo que eles foram adquiridos antes do dia 20 de agosto. Quanto que uma pessoa tem que ganhar por mês para ela comprar quase R$ 4 mil em passes?, questiona o coordenador do Procon, lembrando que, de qualquer forma, é direito do consumidor registrar a reclamação, mas o resultado dela deverá passar pelo entendimento do Ministério Público. (Fotos: Arquivo e Paulo Victor Rocha)