O Meia Pataca próximo à ponte de acesso ao bairro BNH
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Que calor! Essa expressão sintetiza bem a sensação vivida pela população de Cataguases nestes últimos dias de inverno, prenunciando (ou preparando) para o quase insuportável verão. Além do calor, o ar seco e a ausência de chuva completam a realidade nada aprazível vivida ultimamente pelos cataguasenses. A situação chega a despertar preocupação quando se vislumbra o ribeirão Meia Pataca com o que talvez seja o seu mais baixo nível de água das últimas décadas, talvez de sua história. A rigor, o que corre em seu leito nada mais é do que esgoto a céu aberto.
O ribeirão, que nasce no próprio município e percorre 28 quilômetros até desaguar no Pomba, próximo à Rodoviária, está vazio, uma espécie de morto-vivo pela falta d’água. Durante todo o seu trajeto dentro da cidade, nota-se o fluxo de esgoto dos comércios, residências e demais construções, a alimentá-lo no lugar de águas cristalinas e que traziam vida para peixes e outrora se achou ouro e inspiração poética. Ao olhar para ele, ali no centro da cidade, é possível perceber outro tipo de poluição, causada pelo descarte indevido de resíduos sólidos em suas encostas e margens. O jargão, aqui, merece ser lembrado: O Meia Pataca pede socorro.
Esse problema, aliás, também atinge o Pomba e a solução depende mais da consciência dos cidadãos do que da meteorologia. Em poucos olhares, durante um rápido passeio ao longo de suas margens pelos jornalistas Paulo Victor Rocha e Marcelo Lopes a água farta e a correnteza caudalosa cederam lugar a garrafas, plásticos, vasos sanitários, pneus e até brinquedos. Tudo repousa em seu leito em pequenas ilhas formadas pela ausência da água. Apesar da realidade desoladora do ribeirão este é o momento ideal para uma grande limpeza em suas margens e leitos, aliado a um trabalho de conscientização sobre a preservação daquele importante manancial. Fica a dica aos órgãos competentes. (Fotos: Paulo Victor Rocha)
Veja as fotos na galeria abaixo.
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