29/03/2016 às 10h29m


Efeito Platô – entenda o que é e como sair dele

Todas as pessoas que já seguiram uma dieta ou tentaram fazer por conta própria já se depararam em algum momento com o Efeito Platô, que é aquele momento em que você já perdeu uma quantidade de peso e não está mais conseguindo perder.

Isso acontece quando você faz dietas restritivas e acaba consumindo menos calorias do que o seu metabolismo necessita diariamente. Em consequência dessa ingestão calórica restritiva, nosso corpo passa a poupar energia o máximo possível, para que consigamos com as calorias ingeridas, pelo menos, ter energia para as nossas funções vitais, que é o mínimo necessário para permanecermos vivos.

Nosso corpo é extremamente inteligente, quando consumimos poucas calorias, paramos de perder peso para poupar a energia que temos estocado na forma de gordura, isso leva a três situações, a primeira é que nosso corpo para de perder peso, a segunda é que nosso corpo passa a utilizar a massa magra como fonte de energia o chamado catabolismo proteico, a terceira situação é que nosso corpo começa a estocar gordura, o ponteiro da balança fica parado e pode até mesmo subir, mesmo quando a pessoa faz dieta e pratica atividade física.

Mas não se desesperem! A saída que temos para sair do efeito platô é dar novos estímulos para o nosso corpo. Recalcular a dieta no caso dos pacientes que fazem um acompanhamento ou calcular uma dieta para aqueles que até então estavam fazendo por conta própria é a melhor saída, aumentar a oferta calórica para o corpo, mostrando que agora ele não precisa mais estocar energia, pois a dieta está oferecendo tudo o que ele necessita.

Na maioria dos casos, os pacientes saem do consultório com uma dieta maior do que chegaram, são os novos estímulos que estamos dando para o corpo. Posteriormente, vamos reduzindo a oferta de calorias, mas com cautela para não ocorrer novamente o efeito platô. No caso de pessoas que além da dieta praticam atividade física, a mudança na dieta e no treino é essencial para um ótimo resultado, sendo que aliar a dieta a um treino potencializar e muito os resultados esperados.

Procurem orientação nutricional, se você tem dificuldade de perder peso você pode estar enfrentando o Efeito Platô, vamos nos livrar dele e alcançar as nossas metas.

Um super beijo da Nutri.


Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: Efeito Platô, nutrição, alimento, dieta, peso, caloria


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22/03/2016 às 09h09m


Carboidratos à noite, pode?

Dentro da prática clínica venho observando que muitas pessoas são profundamente influenciadas pela mídia e suas informações. Um dos maiores questionamentos que enfrento hoje em dia é o tal do "cortar carboidrato à noite para emagrecer, definir, ganhar massa, perder gordura,"... é quase uma promessa de milagre.

Nosso organismo utiliza 3 nutrientes como fonte de energia, sendo eles o carboidrato, a proteína e a gordura, obtemos esses nutrientes primariamente pela alimentação, mas nosso corpo tem a capacidade de utilizar como fonte de energia por exemplo a gordura estocada nos adipócitos que são as nossas células que armazenam gordura, mas também podemos utilizar o glicogênio muscular, isso significa que o seu corpo utiliza "massa muscular como fonte de energia." Isso acontece por vários motivos, o principal deles é o consumo inadequado de carboidratos.

Muitas pessoas me dizem que fizeram a dieta da proteína e emagreceram 10kg dentro de 30 dias, ou que cortaram o carboidrato e perderam barriga, entre outros relatos.

Perder peso na balança não quer dizer que você perdeu gordura corporal, por isso é indispensável o acompanhamento com o nutricionista, de preferência com um nutricionista que faça a avaliação de composição corporal rotineiramente. Basicamente existem 2 tipos de peso, o peso magro e o peso gordo em nossa composição corporal, quando perdemos peso muito rápido, principalmente cortando o carboidrato da dieta, perdemos o peso magro, peso em massa muscular principalmente, por isso as dietas restritas em carboidrato não são boas.

Mas afinal de contas, carboidrato à noite, pode?

Isso serve de regra para qualquer pessoa, mas principalmente para quem pratica atividade física. Não devemos cortar o carboidrato da parte da noite, nosso corpo não entende de horas de relógio, o carboidrato é igual em qualquer hora do dia! O que devemos fazer é seguir um plano com quantidades adequadas de carboidrato e os tipos de carboidratos para as nossas refeições diárias de acordo com os nossos obejetivos, mas jamais devemos cortar o carboidrato da noite. Para quem pratica atividade física, por exemplo, grande parte do anabolismo acontece à noite, durante o sono, que é o momento em que vários hormônios são liberados. Quando o indivíduo restringiu o carboidrato da noite, sua principal fonte de energia será insuficiente para suprir suas necessidades, acontecerá então que o corpo utilizará essa energia muscular, utilizando o glicogênio muscular, dessa forma o ganho de massa magra estará completamente comprometido.

Evitem seguir dicas de blogueiras, de revistas da moda, lembrem-se que somos seres únicos e com características únicas, a dieta do outro não serve para você! Não caia no conto da informação errada e não tente fazer sozinho, procure orientação nutricional adequada, tenho certeza de que você é capaz de alcançar os resultados que você deseja sem fazer sacrifícios.

Um super beijo da nutri.


DE LIMA, G. G; DE BARROS, J. J. Efeitos da suplementação com carboidratos sobre a resposta endócrina, hipertrofia e a força muscular. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 1, n. 2, 2011.

MARTINS, P. J. F; MELLO, M. T; TUFIK, S. Exercício e sono. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 7, n. 1, p. 28-36, 2001.

KATER, D. P. et al. Anabolismo pós-exercício: Influência do consumo de carboidratos e proteínas. In: Colloquium Vitae. 2012. p. 34-43.


Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: carboidratos - nutrição - noite


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15/03/2016 às 08h07m


Suplementando com Proteína

Hoje em dia há uma grande variedade de produtos nutricionais no mercado, seu uso tem sido cada vez mais incentivado pela indústria alimentícia e farmacêutica, mas a pergunta que fica é:

"Você realmente tem necessidade de usar a suplementação?"

Sabemos que o praticante de atividade física tem uma necessidade maior do consumo de proteínas quando comparado a uma pessoa sedentária, mas realmente é preciso suplementar proteína ou conseguimos suprir essa necessidade apenas com uma alimentação adequada?

Hoje no mercado encontramos alguns tipos de proteínas, como a Albumina que é a proteína da clara do ovo, a proteína da carne e os vários tipos de Whey Protein, que é a proteína do soro do leite, entre outras.

Vários estudos realizados ao logo dos últimos anos comprovam a eficácia da ingestão de proteína no ganho de força e hipertrofia muscular, comprovam também as diferentes necessidades entre os grupos de indivíduos segundo os diferentes tipos de treinamento, dessa forma os atletas possuem uma necessidade de consumo de proteínas maior que um indivíduo que pratica apenas musculação. 

Para a utilização de um suplemento de proteína devemos levar em consideração vários fatores como, a intensidade do treino, a quantidade de treinos e há quanto tempo essa pessoa treina, se ela se alimenta corretamente, se temos condição de prescrever uma dieta adequada para ela seguir ou se realmente precisamos recorrer aos suplementos.

A resposta é que, a maior parte dos praticantes de atividade física não necessita de uma suplementação com proteína quando conseguem se alimentar adequadamente. Claro que, para isso o indivíduo precisa seguir uma dieta calculada para o seu objetivo, tem que ter a disponibilidade de realizar adequadamente todas as refeições propostas na dieta e seguir um treinamento preparado para o seu objetivo.

Mas por que e quando suplementar?

Quando o nutricionista, que é o único profissional capacitado para diagnosticar as suas necessidades nutricionais, identifica que a pessoa não conseguirá consumir a quantidade de proteínas necessária, não conseguirá realizar refeições de qualidade ou terá dificuldade em consumir boas fontes de proteína, então é a hora de pensar em uma suplementação.

Mas qual o melhor suplemento de proteína? Isso irá depender das necessidades e características pessoais de cada um, não há um suplemento melhor que o outro, existe sim o melhor suplemento para aquela estratégia nutricional.

Consulte um nutricionista para adequar a sua dieta e melhorar o seu desempenho e resultado nos treinos.

Um super beijo da nutri.


Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: suplementos - proteína - nutrição


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08/03/2016 às 09h22m


Você sabe seguir uma dieta?

Olá meus amores. Eu gostaria de agradecer as mensagens de carinho e prometo falar na próxima postagem sobre o Óleo de coco como muitos de vocês pediram.

Hoje eu vou falar sobre seguir a dieta. Eu observo na prática clínica que muitas pessoas não sabem realmente o que é seguir uma dieta.

Quando nós, nutricionistas, montamos um plano alimentar para um paciente, nós consideramos vários fatores como o percentual de gordura, quanto o paciente pretende perder de peso, quanto precisamos calcular par que ele alcance a perda de peso desejada, calculamos o total de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. Por isso as dietas devem ser individuais, uma dieta calculada para cada paciente.

Mas o que observo é que as pessoas acreditam que, comendo tudo o que tem na dieta elas podem também comer coisas fora da dieta, com o seguinte pensamento: "_ Se eu comi direitinho hoje, eu posso tomar um sorvete!"

E esse pensamento está totalmente equivocado.

Para ocorrer a perda de 1 kg de peso corporal o paciente deverá perder 7.700 calorias, e o nutricionista leva esse dado em consideração quando calcula o plano alimentar diário dos seus pacientes. O plano alimentar é baseado em um plano mensal de perda, caso esse paciente queira perder 4 kg em 30 dias, ele deverá perder então 30.800 calorias acumuladas em seu tecido de gordura.

Quando o paciente consome alimentos fora da dieta, ele estará consumindo calorias a mais, e consequentemente ele não perderá o peso desejado. Funciona assim, o paciente consumiu ao longo do mês 4 hambúrgueres de 600 calorias e 4 latas de refrigerante de 150 calorias, foram consumidas 3000 calorias, então, esse paciente não conseguirá perder mais os 4 kg desejados, perderá em média 3,6 kg.

Agora, pense que essa pessoa abriu mão para consumir balas, doces vez ou outra, sucos que não estavam na dieta, comeu aquele "1 biscoitinho só" que a amiga ofereceu, tomou aquele açaí porque aquele dia estava muito quente, comeu uns biscoitinhos água e sal porque se esqueceu da fruta, e várias outras coisas. Pense na quantidade de calorias que essa pessoa consumiu além da sua dieta ao longo de 30 dias. Essa caloria consumidas, além do calculado, impedirá que essa pessoa emagreça a quantidade que ela deseja, a dieta estava calculada para uma perda média de 4 kg, mas a pessoa só perdeu 1 kg. Agora vocês entendem o porque?

Fazer dieta é simples! Claro que, não será 1 refeição realizada fora da dieta que atrapalhará os seus resultados, mas sim abrir mão todos os dias, várias vezes por dia, para um biscoitinho, um copo de suco, um picolé... e quando você vê, passou o mês e você não perdeu peso.

Sigam a dieta conforme ela foi calculada, respeitem os horários, não abram mão para comer fora da dieta, claro, tire 1 refeição na semana e comam com moderação, mas fiquem de olho, perda de peso é perda de calorias, consumindo calorias à mais não ocorre a perda de poso.

Mandem sugestões para as próximas pautas.
Um super beijo da nutri.


Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: dieta - alimentos - nutrição


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01/03/2016 às 08h08m


Vamos falar de vitaminas – Vitamina k

Nas últimas 4 semanas da série "Vamos falar de vitaminas", vimos as vitaminas Lipossolúveis, aquelas que precisam da gordura para serem sintetizadas. Hoje vamos falar da quarta vitamina lipossolúvel, a vitamina K.

A vitamina k participa do processo de coagulação do sangue, essa é uma das suas principais funções, mas a vitamina K também atua na manutenção dos ossos, participa do crescimento celular, entre outros.

Quando pensamos na função de manutenção de ossos, níveis adequados de vitamina K previnem o desenvolvimento de doenças ósseas como a osteoporose, entre outras. A hipovitaminose K está associada à baixa densidade óssea, deixando os ossos fracos e quebradiços. A prevenção das doenças ósseas deve ser realizada também com a suplementação da Vitamina K, associada ao Cálcio.

A sua maior função, no entanto, é a participação no processo de coagulação sanguínea, pois atua na síntese hepática dos fatores de coagulação. A sua deficiência pode levar a quadros de distúrbios de plaquetas e de coagulação, resultando em quadros sérios de hemorragia. Existem algumas doenças hereditárias que levam a deficiência dessa vitamina, como a Hemofilia A e B e Doença de Von Willebrand, seus sintomas geralmente são vermelhidão nos lábios, sangramento gengival sem causa aparente, hematoma no palato mole (céu da boca). Vale lembrar que essas doenças geralmente são descobertas quando a criança nasce. Já a deficiência da Vitamina K pessoas sadias podem desenvolver ao longo da vida, devido aos maus hábitos alimentares.

Fontes de Vitamina K:
Podemos encontrar a vitamina K em 3 formas, Vitamina K1, K2 e K3.

Vitamina K1 – Vegetais verde escuros como brócolis, couve, mostarda, espinafre, rúcula, entre outros, sempre os de colocarão verde escura. Em alimentos oleaginosos como as castanhas, como o abacate, também é encontrado nos azeites e óleos vegetais, no ovo, no fígado, entre outros.

Vitamina k2 – é produzida pela nossa microbiota intestinal (antes chamada de flora intestinal).

Vitamina K3 – é produzida de forma sintética e é utilizada nos suplementos vitamínicos, nosso organismo absorve e utiliza de forma ótima.

Com a Vitamina K nós fechamos as vitaminas Lipossolúveis. Existem também as vitaminas Hidrossolúveis, essas ficarão para as próximas postagens, fiquem de olho.

Um beijo meus amores.

DE OLIVEIRA, K. K. V., et al. MANIFESTAÇÕES ORAIS NAS DOENÇAS HEMATOLÓGICAS: revisão de literatura DOI: http://dx. doi. org/10.5892/ruvrd. v13i1. 2275. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 13, n. 2, p. 216-235, 2015.

IBRAM, O. Publicações Recentes. Dados, v. 16, n. 42, p. 31, 2016.


Autor: Giuliana Paiva

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Perfil

Giuliana de Paiva, Nutricionista formada pela Faminas, especializando em Nutrição Clínica e Esportiva. Atendendo a cidade de Cataguases e região, seu trabalho é voltado para o público praticante de atividade física e também para as pessoas que buscam qualidade de vida e mudanças nos hábitos alimentares. Trabalha com consultório, palestras, personal diet, com grupos, fazendo um trabalho totalmente individualizado e personalizado.
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