06/11/2018 às 16h13m


Guerra urbana: é possível sobreviver à violência nas grandes cidades?

A década de 70, lembrada por muitos como tempo de "paz e amor", no qual os  hippies e o movimento tropicalista responderam por um cenário de grande efervescência cultural, foi também um período marcado por ações violentas contra as manifestações de direitos humanos. Ações que, como se sabe, eram decorrentes dos regimes ditatoriais e militares que, então, tomavam conta de países latino-americanos e se caracterizavam pela constante infração dos códigos mais básicos dos direitos humanos e da conduta civilizada, como censura, tortura e exílio.

Hoje, a violência está em todo lugar. Não existe mais lugar seguro. É cada vez mais comum conhecermos pessoas que já sofreram algum tipo de violência ou nós mesmos sermos vítimas dela. Pauta constante nos noticiários de todo o País, a violência embalou toda uma geração, que cresceu sob a vigência do medo e da insegurança, fruto da violência indiscriminada a que estamos expostos. Pavor dentro e fora de casa, na rua, no trabalho, no lazer... Não importa se você anda a pé, de ônibus, de metrô ou de carro particular. A qualquer momento, você pode se tornar a próxima vítima...

E quanto mais violenta a sociedade, mais se fala em meios para prevenir-se contra ela. Livros, jornais, revistas, programas de tevê mostram especialistas em segurança ensinando como sobreviver a essa verdadeira "guerra urbana". Todavia, esses "meios" tão divulgados de prevenção são, em grande parte, de caráter pessoal. Necessários, sim, mas nunca substitutos de medidas públicas de combate à violência que nos assola. 

A preocupação com a violência afeta a qualidade de vida de todos nós, uma vez que interfere em nosso convívio social, familiar e profissional. Doenças como estresse, depressão, ansiedade e síndrome do pânico estão cada vez mais associadas ao aumento da violência nos grandes centros urbanos. Movimentos sociais, organizações não-governamentais e campanhas públicas incentivam a prática da gentileza, da compreensão, da solidariedade, do respeito e da igualdade. Gestos simples, que não resolvem o problema da violência, mas que vão sedimentando nas pessoas um sentimento de boa-vontade em relação ao próximo, sentimento este que a violência tem se encarregado de eliminar. 

Existem muitas formas de violência e muitos setores da sociedade convivem com ela passivamente, fechando os olhos para atos violentos que ocorrem no dia-a-dia ou participando deles. É por isso que ações propondo uma nova ética de cidadania, condizente com o bem-estar das pessoas, da nação e do planeta, são muito importantes. 

Aumentar a segurança, colocando mais policiamento nas ruas, por exemplo, é fundamental. Mas isso deve vir acompanhado de uma retomada de valores essenciais, como os valores sociais, culturais, econômicos, políticos e morais, pois o desrespeito à cidadania é uma das principais causas do crescimento da violência no país. 

As melhores formas de prevenção são o combate ao desemprego e a melhoria na educação; portanto, urge abordar a questão da violência urbana não apenas como um caso de polícia, mas, principalmente, como um fator social. Só há um problema: se os setores competentes da máquina estatal para decisões dessa natureza se demorarem muito a decidir, os valores da cultura da violência irão se arraigar a tal ponto que será impossível revertê-los.

Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: efervescência, cultura, violência, paz


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31/10/2018 às 09h35m


Carta aos pais: um combate às drogas

As drogas estão em todo lugar e podem estar mais perto de você e de sua família do que você imagina. E quem pensa que está livre de ser surpreendido pelo fantasma das drogas, recomendo muita atenção, pois esse tipo de pensamento revela ignorância e alienação quanto ao assunto, o que é uma postura extremamente perigosa. 

Se você tem filhos adolescentes, saiba que eles não são mais crianças, apesar de ainda não terem maturidade suficiente para serem tratados como adultos. A adolescência é uma fase de transição, repleta de conflitos, medos, inseguranças, desejos e muita curiosidade. É nessa fase da vida que muitas coisas importantes acontecem: o primeiro beijo, a turma inseparável de amigos, as "baladas", os namoros, a primeira relação sexual, o vestibular, a busca pela independência... É um verdadeiro ensaio para a vida adulta. 

Muitos casos de dependência química começam na adolescência, com uma simples curiosidade. Na ânsia de desbravar novos mundos, o jovem pode enveredar por caminhos de conhecimento ou de degradação, como o envolvimento com drogas. A solução não é abafar a curiosidade, mas canalizá-la para outras coisas que tragam alegria e não desgraça para o curioso e toda a sua família. A falta de perspectivas de vida também pode levar o jovem a procurar envolvimento com drogas. Nesse cenário, atitudes inconseqüentes e irracionais podem levar muitos adolescentes a situações de perigo real.

A necessidade de pertencer a um grupo torna os jovens muito suscetíveis a influência exercida por amigos, colegas e, até mesmo, por seus ídolos. A longo prazo, o jovem será como aqueles com quem ele convive; portanto, é fundamental saber com quem seus filhos estão se socializando. Se algum de seus filhos estiver envolvido com drogas, sua principal arma deverá ser sempre o diálogo. Nem pense em atitudes radicais, como punições, castigos, surras ou expulsá-lo de casa... Se seu filho tornou-se vítima das drogas, ele já deve estar muito confuso e passando por diversos problemas. Aterrorizá-lo dentro de casa lhe dará mais certeza de que as drogas são a melhor saída. Portanto,  diálogo, carinho e compreensão! Mas, atenção: compreender os problemas de seus filhos não quer dizer ser condescendente com o meio que ele encontrou para resolvê-los, que são as drogas. Médicos, psicólogos e entidades especializadas podem ser de grande ajuda. 

E se esse não for o seu caso, cuide para que não venha a ser! Há muitas coisas que você pode fazer pelo bem de seus filhos e da sua família, como dedicar-lhes mais atenção. Na correria do dia-a-dia, a falta de tempo é um problema, mas problema maior é o tempo mal aproveitado. Por isso, cuide mais da qualidade que da quantidade de tempo que você passa com seus filhos. Ficar horas vendo televisão sem conversar não adianta. Se não há diálogo, como irá se estabelecer uma relação de confiança e amizade entre vocês? 

Participar da vida de seus filhos e da sua família é a principal forma de identificar possíveis problemas e buscar soluções. Em famílias que dialogam, ocorre uma verdadeira troca, em que todos participam, se comprometem e ensinam uns aos outros. Pais têm muito o que ensinar a seus filhos, mas também têm muito o que aprender. Se seus filhos sentirem sinceridade nessa postura e não apenas uma estratégia, eles confiarão em você, e aceitarão mais facilmente sua influência, especialmente no que se refere a mantê-los longe das drogas. 

Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: droga, filho, prevenção, pais


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23/10/2018 às 16h09m


Pais: como ajudar seu filho a passar no vestibular

O vestibular marca o final de um ciclo – do aprendizado e da formação do caráter, amparado pelo conforto familiar – e o início de outro – de novas descobertas, do início da fase adulta, em que o jovem terá a oportunidade de inserir-se na sociedade como um indivíduo responsável, pleno de seus direitos e deveres e capaz de interagir com o seu meio, através de seu trabalho e de suas aptidões. 

Quem tem um vestibulando em casa sabe que essa não é uma fase de calmaria. Mas é possível estabelecer um equilíbrio que favoreça não apenas ao adolescente, mas a todos aqueles que compartilham do seu dia-a-dia. 

Para isso, é importante compreender o que está acontecendo com seu filho. Ele está atravessando um momento decisivo, em que terá de tomar decisões que o acompanharão por toda a vida adulta. Diante dessa responsabilidade, muitas questões ecoam em sua mente: O que fazer? Qual a melhor opção: prazer ou dinheiro? E se não der certo? E se eu falhar? E se eu não passar no vestibular? Além disso, há a concorrência e a pressão, direta ou indireta, exercida pela família, pelos amigos, pelos professores, enfim, pela sociedade. E enquanto as campanhas publicitárias de cursinhos pré-vestibular espalham por toda a cidade imagens de jovens bem-sucedidos, que se destacaram nos primeiros lugares dos vestibulares mais concorridos do país, o vestibulando sente-se na obrigação de, em menos de um ano, aprender e aprimorar tudo o que aprendeu – ou não – durante toda a sua vida escolar, que levou cerca de 12 anos! 

De nada adiantam cobranças, punições e críticas. Não é o momento de ficar pedindo a seu filho para estudar mais nem para "tomar" a lição. Seu filho teve uma vida escolar; ele teve mais de uma década para desenvolver o gosto pela leitura, pelo conhecimento, pela vontade de aprender. Ele teve tempo para tirar dúvidas, buscar orientação e fazer correções. Agora, seu foco principal deve ser uma boa estratégia de revisão, procurando, ao menos, potencializar os pontos fortes e minimizar a influência dos pontos negativos. 

Da mesma forma, é importante que a rotina do jovem não seja completamente alterada em função das provas e dos estudos. Assim como o estudo é fundamental, o lazer e o descanso também o são. Incentive seu filho a continuar suas atividades esportivas e de lazer, como ir ao cinema, à lanchonete, a reunir-se com os amigos, etc. Também é importante descansar, dormir bem, relaxar. Nessa fase, a busca pelo equilíbrio é fundamental e conta pontos definitivos no resultado final. 

Outra coisa: a vida de seu filho é dele. Se você tem algum sonho não-realizado, procure realizá-lo, mas não pretenda que seu filho o faça por você. Deixe que ele escolha o futuro que quer para si.

Sabe qual é o seu papel nessa fase de dúvidas, medos, ansiedade, desejos e sonhos? — Acolher!  Nada é mais reconfortante para o vestibulando do que ter a certeza de que pode contar com sua família. Estimule seu filho como você fazia quando ele dava os primeiros passos e você o esperava com os braços abertos, dando-lhe a segurança de que ele podia cair, pois você estava ali para o levantar, quantas vezes fossem necessárias. Todo aprendizado, para ser eficiente, deve ser testado exaustivamente, passando por tentativas e erros, até que ser perfeitamente interiorizado.

Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: vestibular, filho, pais, estudo


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17/10/2018 às 08h55m


Parábolas: aprendizado eficaz e divertido

Enquanto a tecnologia avança, técnicos na área da educação estudam alternativas para potencializar o sistema educacional, tornando-o ao mesmo tempo prazeroso e eficiente. Quase todos acreditam que se deve apenas acrescentar novas tecnologias ao sistema atual. Mas o novo não é a única alternativa para o aprendizado.Um olhar mais atento ao passado pode render boas e produtivas idéias. Quer um exemplo? — Jesus Cristo! 

Vamos falar de Jesus como educador e comunicador, pois há dois mil anos, munido apenas de sua comunicação pessoal, esse homem conseguiu transmitir suas idéias e doutrina a milhares de pessoas e fez com que se mantivessem vivas até os nossos dias.

Quando começou sua pregação, então com 30 anos, Jesus precisava de um meio eficaz para transmitir a sua mensagem; um meio de comunicação eficaz, que pudesse ser compreendido igualmente por todos. Atento ao que acontecia em seu tempo, ele apropriou-se de um sistema de ensino que já era utilizado nas sinagogas: o aprendizado por meio de parábolas. 

         De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, parábola se refere a "narrativa alegórica que
         transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia" e "narrativa alegórica que encerra               um  preceito religioso ou moral, especialmente as encontradas nos Evangelhos". Sua origem vem do grego
         (parabolê),  onde pode significar: comparação, aproximação; semelhança; discurso alegórico; encontro,
         choque; ação de se desviar do caminho reto. 

E foi por meio de parábolas que Jesus transmitiu seus ensinamentos. Inspirando-se em imagens do cotidiano das pessoas às quais se dirigia, ele criava histórias enigmáticas, que, por um lado, induziam à reflexão e, por outro, passavam despercebidas por aqueles que não estavam preparados para decifrá-las, pois esperavam um discurso direto e objetivo. Jesus conseguia, de forma singela e, ao mesmo tempo, bem elaborada, transmitir suas idéias sobre o desenvolvimento do caráter e suas orientações sobre como deveria ser a conduta da vida no âmbito familiar e social. De forma sutil e inteligente, ele também fazia críticas ao sistema político e social de seu tempo. Em vez de falar abertamente e provocar alvoroço momentâneo, ele preferiu levar as pessoas a refletir e a tirar suas próprias conclusões. 

Quando é preciso atingir pessoas de diferentes níveis sociais, culturais e econômicos, por exemplo, o uso de parábolas é uma alternativa bem eficaz. Por sua linguagem simples, narrativa curta e quase sempre com elementos comuns ao cotidiano das pessoas, elas parábolas conseguem captar rapidamente a atenção de quem as estiver escutando ou lendo.
 
Parábolas remetem à idéia de um aprendizado contínuo e eficiente, pois a cada nova leitura, novas interpretações e ensinamentos podem surgir. Além disso, são essencialmente facilitadoras da transmissão de conhecimento, pois é muito fácil repassá-las a outras pessoas. Parábolas são estruturas vivas de conhecimento. 

Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: Parábola, prazer, Jesus Cristo, passado


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09/10/2018 às 09h37m


Mulheres versus Violência

A violência contra a mulher, o tipo mais generalizado de abuso dos direitos humanos, afeta a qualidade de vida e a saúde física e mental das mulheres e é o tipo de violência menos reconhecido pela sociedade. 

Em todo o planeta, uma em cada três mulheres já foi espancada, coagida ao sexo ou sofreu alguma forma de abuso durante a vida. Esse dado alarmante, baseado em recentes pesquisas da Johns Hopkins Bloomberg School of  Public Health, da Universidade Johns Hopkins e publicado pela Bibliomed Inc. no site www.boasaude.uol.com.br, dá conta de que, na maioria dos casos, o agressor é um membro da própria família ou conhecido da vítima, como colega, vizinho, namorado, chefe, etc. 

Muitas culturas dão ao homem o direito de controlar o comportamento de sua mulher e de puni-la, caso conteste esse direito.
 
De acordo com o Artigo 1 da Declaração para Eliminação da Violência Contra as Mulheres adotada pela  Assembléia Geral das Nações Unidas em 1993, a violência contra a mulher inclui: espancamento conjugal, abuso sexual de meninas, violência relacionada a questões de dotes, estupro, inclusive o estupro conjugal, e outras práticas tradicionais prejudiciais à mulher, tais como a mutilação genital feminina, além da violência não-conjugal, do assédio e da intimidação sexual no trabalho e na escola, do tráfico de mulheres, da prostituição forçada e da violência perpetrada ou tolerada por certos governos, como é o caso do estupro em situações de guerra e o infanticídio feminino. 

Entretanto, as formas mais comuns de violência contra a mulher ainda são a agressão de seu parceiro e a coerção ao sexo, seja na infância, na adolescência ou na idade adulta. Estudos revelam que em cerca de 50 pesquisas populacionais do mundo inteiro, de 10% a 50% das mulheres relatam que, em algum momento de suas vidas, foram espancadas ou maltratadas fisicamente de alguma forma por seus parceiros íntimos. E mais, a maioria das mulheres que sofre alguma agressão física em relacionamentos íntimos, quase sempre acaba sofrendo vários atos de agressão ao longo do tempo.
 
Guerreiras, essas mulheres utilizam-se de verdadeiras estratégias para se manterem vivas e protegerem seus filhos. Algumas fogem, poucas denunciam, muitas resistem. Poucas chamam a polícia e, em geral, continuam em um relacionamento abusivo por medo de represálias e de perda de suporte financeiro e de apoio da família e de amigos, além de preocupação com os filhos, dependência emocional e a eterna esperança de que, um dia, "ele mude". 

Além das lesões físicas, a violência aumenta o risco, a longo prazo, de que a mulher tenha outros problemas de saúde, incluindo dores crônicas, incapacidade física, abuso de drogas e álcool, e depressão. As mulheres com histórico de agressão física ou sexual também correm maior risco de ter uma gravidez indesejada, de contrair uma infecção sexualmente transmitida e de sofrer um resultado adverso em sua gravidez. 

Grupos de defesa dos direitos humanos vêm procurando alternativas para chamar a atenção da população e das autoridades para esse grave problema social. Na verdade, o que é preciso, mesmo, é promover o engajamento da mulher na sociedade de forma igualitária. Quando isso acontecer, a violência contra ela deixará de passar despercebida e passará a ser vista como uma aberração inaceitável.

Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: violência, planeta, mulher, direito


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01/10/2018 às 10h39m


Venda o seu peixe, vendendo-o bem!

O ato de vender faz parte da rotina de todos nós. A todo momento você precisa vender uma idéia ou um conceito, e para que a sua opinião seja aceita, é necessário saber argumentar, comunicar-se bem.
 
A habilidade do convencimento, crucial em vendas, sempre esteve presente em nossa vida. Naturalmente, de modo mais acentuado em algumas pessoas do que em outras, mas nunca ausente. Muitas vezes, sentimos que perdemos essa habilidade, mas, na verdade, ela apenas está escondida por trás das crenças que vamos adquirindo pela vida afora. Basta um pouco de treino para recuperá-la. 

Em vendas, quando falamos de "pessoas", estamos falando de "comprador" e de "vendedor". Tão importante quanto descobrir a necessidade do comprador é desvendar seus mistérios, seus valores, sua motivação... Da mesma forma, é necessário desenvolver habilidades necessárias a vendas, como boa comunicação, poder de influência, motivação, presença marcante, autoconfiança, dedicação, ambição, orgulho, determinação, coragem, otimismo, entusiasmo e sede de aprendizado.
 
Mas de nada adianta você ser comunicativo, influente e autoconfiante, assim como não adianta conhecer bem o cliente, saber de suas motivações e anseios se você não tiver um bom conhecimento sobre o produto a ser vendido. É preciso saber tudo a respeito do produto, que tanto pode ser um bem material como uma idéia, um serviço ou um talento.

Além disso, conhecer o seu mercado e promover ações que contribuam para agregar valor ao produto também devem fazer parte da sua estratégia de venda. Sem isso, será difícil entrar em uma negociação com expectativas de sucesso. Porém, é preciso ir além. Se você quer fazer a diferença, lembre-se da importância dos detalhes nesse processo. 

Sua argumentação terá de ser boa o suficiente para convencer o cliente não apenas a respeito dos reais benefícios que o seu produto poderá lhe oferecer, como também de que ele tem bons motivos para comprá-lo. Por isso, explique claramente o que é o seu produto e como ele poderá beneficiar o cliente. Se, antes, você já tiver feito um bom trabalho de conhecimento do cliente, não lhe será difícil encontrar o argumento certo para ir ao encontro das expectativas dele. Mas você tem de saber quais são essas expectativas; do contrário, você não estará ajudando seu cliente a satisfazer um desejo, mas, sim, "empurrando-lhe" um produto. 

Antes de entrar em uma negociação, estipule o mínimo que você está disposto a aceitar e que pode conceder, e o máximo que pode esperar e que pode oferecer. Ao trabalhar com esses limites você preserva sua capacidade de persuasão e poderá usar suas concessões com parcimônia e estratégia.
 
Enfim, ajuste seu timing: estenda-se o bastante para falar tudo o que o cliente precisa saber sobre o produto e seja breve o suficiente para que o cliente não se sinta perdendo tempo com você. Lembre-se de que toda conversa, por mais interessante que seja, tem o seu auge e, depois, começa a tornar-se desinteressante. Não corra o risco de o cliente perder o interesse na sua conversa.

Acima de tudo, tenha em mente que tanto você quanto o cliente podem – e devem – sair ganhando com a negociação. Portanto, jamais entre numa negociação pensando em tirar vantagem sobre a outra parte ou em prejudicá-la, caso a negociação não transcorra tão favorável aos seus interesses quanto você gostaria. Manter uma postura de ganha-ganha é fundamental para o sucesso da negociação. Lembre-se: negociação não é competição!

Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: vender, habilidade, convencer


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25/09/2018 às 16h30m


O que você quer ser quando crescer?

Talento é uma poupança que ganhamos ao nascer. O problema é o que fazemos com ela ao longo dos anos, pois nem todo mundo sabe administrar essa poupança. Hoje, trocamos nossos talentos por dinheiro, prestígio e reconhecimento quando exercemos nossas habilidades como profissão. Mas, às vezes, surge a sensação de que o nosso trabalho está longe de refletir a nossa identidade. E essa sensação aumenta quando nos damos conta de que, quando mostramos nossos talentos a outras pessoas, fora do contexto configurado pelo nosso ambiente de trabalho, somos reconhecidos por elas. Isso quer dizer que sabemos, sim, fazer algo digno de reconhecimento e que nos proporcione prazer, mas nem sempre é isso o que fazemos habitualmente, como trabalho.

Muito da nossa essência se manifesta na infância. Com os talentos não é diferente. Nas brincadeiras infantis, manifestam-se os talentos e as aptidões que acabamos por esquecer com o passar dos anos, mas que podem transformar e dar novo sentido à vida adulta, se resgatados a tempo. Você já perguntou para uma criança o que ela quer ser quando crescer? É bom se preparar para as respostas! Você pode escutar de tudo um pouco: bombeiro, atriz, jogador de futebol, astronauta... Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a conquistar o espaço, desde pequeno sonhava alcançar as estrelas... Mas, muitas vezes, nossos talentos ou aptidões não são tão claros e definidos, ficando mais fácil esquecê-los, perdê-los pelo caminho. Porém, com calma, paciência e atenção, é possível resgatá-los.

Um bom exercício é recordar-se das atividades que lhe proporcionavam prazer nas brincadeiras dos tempos de infância. Em uma folha de papel, relacione as brincadeiras e os jogos de que mais gostava, contando detalhadamente qual era a sua função e que habilidades eram exigidas. Não tenha pressa. Se não vier tudo à mente, mantenha esse papel com você e vá acrescentando itens, conforme for se lembrando. Este é um excelente exercício de autoconhecimento e que irá ajudá-lo a redescobrir seus talentos, além de servir como um guia para potenciais profissões ou trabalhos em que você conseguiria se sair bem, reunindo prazer, felicidade e realização. 

Muitas das respostas pelas quais buscamos incansavelmente durante a vida estão guardadas dentro de nós mesmos. Basta ter coragem e determinação para buscá-las, o que não é tarefa simples. Porém, você pode se surpreender com os resultados! 

Aos pais, um conselho: da mesma forma como é importante para um adulto resgatar sua origem, relembrando suas divertidas e enriquecedoras brincadeiras dos tempos de criança, é fundamental deixar que seus filhos também vivam com primazia esse tempo de inocência, descobertas e crescimento. Não tolha os dons de seus filhos, mas incentive-os, sempre primando pelo equilíbrio, bom-senso e educação. Muitas vezes, um adulto é surpreendido por um chamado eloqüente porque, na infância, foi impedido de dar vazão às suas aptidões ainda na infância, e aquilo ficou retido bem lá no fundo, do seu "Eu interior".  Dessa forma, contribua para que seus filhos se tornem pessoas bem-sucedidas e felizes. Pequenas atitudes podem fazer a diferença na sua vida e na vida deles. Pode acreditar! 

Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: profissão, talento, trabalho, dinheiro


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18/09/2018 às 14h06m


Câncer de mama: acerte este alvo!


O câncer de mama é a maior causa de morte de mulheres entre 35 e 54 anos de idade. Só nos Estados Unidos são diagnosticados cerca de 180 mil novos casos de câncer de mama a cada ano, sendo responsáveis por 48 mil mortes anualmente, perdendo apenas para os casos de câncer de pulmão.

Mesmo com os avanços da Medicina, a prevenção ainda é a melhor arma que as mulheres têm para lutar contra esse mal. Nem todos os fatores que predispõem ao desenvolvimento de câncer de mama podem ser controlados, mas há muitos fatores desencadeantes da doença que podem e devem ser controlados ou, até mesmo, evitados.

O câncer de mama tem incidência maior no Ocidente e nos países desenvolvidos, atingindo mais mulheres brancas a partir dos 50 anos. A incidência da doença antes dessa idade é maior em mulheres negras do que em brancas, e em mulheres antes dos 20 anos, é rara. À medida que a mulher envelhece, aumentam as chances de desenvolver a doença.

Outros fatores que aumentam significativamente o risco da doença são: ocorrência prévia de casos na família; a altura e o peso da mulher (mulheres com mais de 1,67 m de altura e de 70 quilos apresentam 3,6 vezes mais risco do que mulheres com altura e peso menores); exposição a radiação; reposição hormonal (o estrogênio estimula o crescimento, a divisão e a proliferação das células mamárias, e o câncer nada mais é que uma exagerada e descontrolada proliferação de células).

Além desses, há os fatores relacionados ao ambiente e ao estilo de vida, que também podem desencadear a doença.

A exposição a substâncias químicas tóxicas é o principal fator ambiental. Estamos constantemente em contato com elas. Veja onde encontrá-las: no ar, na água que ingerimos e que entramos em contato; nos alimentos frescos, cultivados com fertilizantes e pesticidas, e nos industrializados, repletos de conservantes e outros produtos; nos materiais de limpeza com aditivos químicos e alvejantes; em alguns medicamentos, etc. Isso, sem falar em alcoolismo e tabagismo.

Outro fator ambiental é a exposição a campos eletromagnéticos, e estes, hoje, estão cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia: a maioria das pessoas passa horas diante do computador, não desgruda os olhos da TV e tem o celular incorporado à sua rotina diária!

Entre os fatores de risco relacionados a estilo de vida, os principais são má alimentação e obesidade. Quanto à má alimentação, é bom saber que o consumo exagerado de gorduras aumenta o risco de câncer, pois eleva a produção de estrogênio e retém resíduos de hormônios e de produtos químicos no organismo, e que o consumo excessivo de açúcar aumenta a produção de insulina, que, como o estrogênio, participa do crescimento e da proliferação do tecido mamário que ocorre nos tumores. E quanto à obesidade, saiba que bastam cinco quilos acima do peso normal para que uma mulher, após os 30 anos de idade, aumente em 25% o risco de ter câncer de mama (se o excesso de peso for maior, este índice pode subir para 100%, principalmente levando-se em consideração a idade e o tempo em que a mulher se encontra obesa).

Cuide da sua qualidade de vida e, assim, você estará cuidando da sua saúde.


Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: câncer,medicina,mulheres,doença


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12/09/2018 às 14h22m


Você sabe onde quer chegar? E onde está?


Muitas pessoas, em um determinado momento da vida, vêem-se sem perspectivas, literalmente perdidas. Não sabem mais o caminho de volta nem fazem idéia de para onde estão indo. Apenas caminham, até que um dia, um chamado interior consegue falar mais alto e clama por mudanças. De alguma forma, o corpo se manifesta, física ou psicologicamente, por meio de doenças como estresse, depressão, ansiedade ou outras mais graves.

O problema é que a maioria das pessoas não pára para pensar na sua própria vida, achando que é perda de tempo. O grande desperdício de tempo acontece quando não fazemos tais reflexões e nos deixamos levar pela correnteza.

Nunca é tarde para se conhecer melhor. Antes de fazer escolhas para sua vida, como a carreira seguir, por exemplo, o primeiro passo é identificar quais são as suas verdadeiras habilidades. É possível, sim, unir trabalho e prazer.

Reflita sobre as coisas de que você gosta de fazer. Lembre-se de que o que você faz por diversão é trabalho para muita gente. Enquanto você gasta dinheiro para alugar uma quadra de tênis, Gustavo Kurten já ganhou milhões jogando tênis profissionalmente. Quando transforma o seu hobby em trabalho, você sente como se não estivesse trabalhando; conseqüentemente, realiza-se profissionalmente e ganha dinheiro.

Tudo o que é feito com prazer tem muito mais chances de dar certo!  O problema é que muitas pessoas acabam abortando sua criatividade e imaginação em detrimento de imposições sociais ou familiares. Como vivemos grande parte tempo trabalhando, se o trabalho que realizamos não permitir que nos sintamos bem, temos de mudar de trabalho!

Às vezes, basta um ajuste de ponto de vista para que alguém passe a sentir-se bem com aquilo que faz. De repente, o jovem médico que se formou por imposição do pai, mas não tem a menor habilidade para cuidar de pessoas, pode se revelar um exímio pesquisador ou administrador hospitalar, por exemplo. Em outros casos, é preciso fazer uma parada brusca, respirar fundo e começar tudo, do zero, buscando reconectar-se à sua força interior e descobrir um novo ser.

Em geral, estamos tão familiarizados com nossas habilidades que nem as vemos mais como uma habilidade e, menos ainda, como uma possível fonte de realização profissional.

Para descobrir suas verdadeiras habilidades, é importante fazer uma investigação profunda. Reflita. Escreva num papel tudo o que você gosta de fazer e faz sem esforço. Tudo o que lhe proporciona prazer e satisfação deve entrar nessa lista.

Também é útil resgatar sua criança interior. Volte no tempo e procure lembrar-se do que você mais gostava de fazer quando tinha entre 7 e 8 anos de idade. Avance no tempo e relacione as habilidades que conservou ou adquiriu na adolescência, entre os 14 e 15 anos. Depois, eleja outra idade, entre a adolescência e o dia de hoje, e relacione o que você faz de melhor. Feito isso, compare, analise as respostas, observe que características permaneceram desde a infância, reflita sobre o que se perdeu no meio do caminho e procure descobrir por que isso aconteceu. Este é um bom exercício para você começar a sua investigação pessoal.

Costumo dizer que sorte é quando preparação encontra oportunidade. Por isso, esteja sempre preparado, pois as oportunidades estão sempre passando diante nossos olhos, basta estar preparado para as enxergar. A partir do momento em que você se propuser a mudar, tudo o mais estará mudando com você.


Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: vida,momento,estresse,depreção


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03/09/2018 às 18h19m


Seja você mesmo o coach da sua vida!


No mundo dos esportes, coach é o treinador do time. Recentemente, porém, esse termo foi adotado em outro contexto: o dos negócios.

Traduzindo literalmente a palavra inglesa coach, temos os verbos treinar, instruir e orientar. Já pela origem francesa da palavra, constatamos que coach é um tipo de carruagem, um veículo para transportar pessoas de um lugar para o outro. Logo, no âmbito empresarial, coaching é o processo em que uma pessoa mais experiente (o coach) conduz outra (o coachee), ajudando-a a chegar no lugar aonde ela quer estar.

Você quer chegar a algum lugar, mas acha complicada a idéia de ter alguém conduzindo-o? Então, torne-se coach de si mesmo. Se no processo convencional você, enquanto coachee, tinha de estar em sintonia com o coach, ao assumir a responsabilidade pela caminhada você tem de estar em sintonia com o seu "Eu interior". Tem de descobrir seus valores, abdicar de crenças obsoletas, definir seu objetivo de vida, traçar um plano de ação, buscar feedback para acompanhar o andamento do processo, propor mudanças (quando necessário) e comemorar vitórias!

Para se tornar um profissional bem-sucedido é preciso ter paciência e determinação: sem essas qualidades, você não vai muito longe. Mas paciência e determinação só se justificam se você tiver um objetivo para o qual se dirigir. E para colocar tudo em prática, é preciso estar bem, física, mental, emocional e espiritualmente.

O equilíbrio, também necessário ao processo, vem com o autoconhecimento, e você também vai precisar de força de vontade! E para aumentar suas chances de ser bem-sucedido no projeto de ser seu próprio coach, procure descobrir quais são os seus valores essenciais e determinar seu objetivo de vida.

Qual é o seu objetivo? Onde você quer chegar? Onde você quer estar daqui seis meses, um ano, cinco anos e dez anos? É importante definir um objetivo. Ele deve estar alinhado aos seus valores e ser grande o suficiente para motivá-lo, dia após dia, a continuar vivendo para a sua realização. Da mesma forma que é importante saber o destino final, também é necessário conhecer o ponto de partida, onde você está neste exato momento. De posse dessas duas valiosas informações, está na hora de colocar tudo no papel e traçar um poderoso plano de ação!

Se um de seus objetivos for começar a treinar em uma academia, por exemplo, avalie o que você precisa ser feito para que isso se realize, estipule datas para o início de cada etapa e um prazo para que você possa conferir, posteriormente, se conseguiu seu objetivo e que benefícios está obtendo com a atividade. Se, na conferência, você conseguir avaliar positivamente cada item da sua lista, parabéns! Se ainda faltarem alguns desafios a serem vencidos, reveja sua estratégia, corrija-a e siga em frente, com persistência.

Nessa jornada, uma etapa importantíssima é a busca por feedback, que nada mais é do que uma resposta do Universo para as nossas ações. Peça feedback a pessoas próximas, mas cuide para que sejam fontes seguras e verdadeiras. Quanto maior o leque de opções, mais próxima da realidade será a sua resposta e você poderá implementar alterações com mais eficácia.

Mesmo com a melhor das intenções, é difícil mudar velhos hábitos e padrões de comportamento, mas não é impossível. E o resultado final, quase sempre, é compensador. Por isso, vá em frente, seja o seu próprio coach e supere-se.


Autor: Dr. Lair Ribeiro

Tags relacionadas: vida,treinador,esportes,veículo


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